Por que, muitas vezes, precisamos errar para acertar?
Errar é normal e natural. Faz parte da vida de todas as pessoas.
No entanto, já se perguntou, alguma vez, por que precisamos passar por todo o processo do erro para chegarmos ao acerto? Ou melhor… quantas vezes é normal errar para só depois acertar? Existe um parâmetro ou medida?
Eu, por exemplo, sei que já errei inúmeras vezes, contudo, nunca tive o hábito de persistir no mesmo erro. Mas, assim como deve ter ocorrido com você, já convivi e conheci pessoas que persistiram e continuam a persistir no mesmo erro.
Nesse contexto, entendo que nada é intencional e que não existe uma medida ou parâmetro, pois, ao final de tudo, a intenção é sempre a mesma para ambos os casos: erramos desejando acertar.
Ademais, é importante termos em mente que a busca pelo sucesso, tanto na vida pessoal quanto profissional, está repleta de desafios e obstáculos. Por isso, curiosamente, muitos de nós percebemos que é justamente através dos erros que encontramos o caminho para o acerto.
O que nos leva a entender que esta aparente contradição é um elemento fundamental no processo de crescimento e desenvolvimento humano do qual, infelizmente, não conseguimos nos desprender.
Sendo assim, por que será que errar é uma etapa tão crucial para acertar?
Pois bem… É exatamente sobre isso que conversaremos nas próximas linhas deste artigo. Então, vem comigo!
1. Errar nos leva para o caminho da aprendizagem profunda
Os erros proporcionam uma das formas mais eficazes de aprendizagem.
Nesse cenário, sei que deve estar pensando que “errar para acertar” é uma realidade um tanto quanto cruel da condição de ser humano. Entretanto, é inegável que são as nossas falhas que nos fazem refletir sobre nossas ações, identificar o que deu errado e procurar soluções alternativas.
Logo, esse processo de análise crítica nos oferece não só uma chance para tentarmos algo novo, mas também, uma compreensão mais profunda dos conceitos e habilidades que estamos tentando dominar.
Por exemplo, um cientista que experimenta uma série de falhas em seu laboratório está, na verdade, acumulando um vasto conhecimento sobre o que não funciona no seu experimento.
Sendo assim, esse conhecimento adquirido, por mais que pareça negativo, pode ser visto também por seu lado positivo, pois ajuda a refinar as hipóteses e a direcionar a pesquisa para novos caminhos, deixando em evidência que nem todo erro é ruim e alguns erros são necessários.
2. Errar nos ensina o valor da resiliência e da perseverança
Errar nos ensina a ser resilientes.
Cada erro representa uma oportunidade de fortalecimento emocional, onde aprendemos a lidar com a frustração e a decepção.
Já ouviu aquela velha frase:
Você precisa primeiro aprender a cair para só depois aprender a levantar?
Pois é… A capacidade de se levantar após um fracasso e continuar tentando é uma habilidade crucial para alcançar o sucesso. Sendo, por sua vez, uma exigência para todos os indivíduos que desejam alcançar algo melhor na vida.
Nesse contexto, podemos usar como exemplo o grande inventor e empreendedor, Thomas Edison.
Edison, ao desenvolver a lâmpada elétrica, enfrentou inúmeras falhas. No entanto, ele não considerava essas tentativas mal-sucedidas como fracassos, mas como passos necessários para alcançar o sucesso final.
Sua famosa citação, “Eu não falhei. Apenas descobri 10.000 maneiras que não funcionam”, encapsula perfeitamente a importância da resiliência.
Então… Inspire-se nela e nunca desista dos seus objetivos!
3. Errar revela o caminho da inovação e da criatividade
O erro é um catalisador poderoso para a inovação e a criatividade.
Acredita mesmo que alguém consegue criar algo novo sem testar, prototipar e errar inúmeras vezes?
Eu acredito que não. Mesmo porque quando seguimos o caminho esperado e evitamos riscos, raramente nos desviamos para descobrir novas soluções.
Por outro lado, ao errar, somos forçados a pensar fora da caixa, a explorar territórios desconhecidos e a criar novas abordagens.
Quer outro exemplo?
Então pense na história da penicilina. Alexander Fleming, ao perceber o mofo em suas culturas de bactérias, inicialmente poderia ter considerado isso um erro ou uma contaminação. Porém, essa observação levou à descoberta do primeiro antibiótico, revolucionando a medicina moderna.
Entende agora o motivo pelo qual afirmo que errar, mesmo que incontáveis vezes, não é algo assim tão ruim?
Se não houvesse o erro, jamais existiria o acerto. Logo, são dois elementos interligados, interdependentes; um precisa do outro para dar sentido às nossas vidas e para gerar valor aos nossos esforços.
4. Errar ensina humildade e empatia
Errar nos ensina a ser humildes.
Ao reconhecer nossas falhas, aceitamos nossas limitações e nos tornamos mais abertos ao aprendizado e ao crescimento.
Essa humildade também nos torna mais empáticos com os outros, compreendendo que todos estão sujeitos a erros e que esses erros são parte do processo humano.
Por isso, evite julgar os outros para não ser julgado. Ou melhor… Toda vez que sentir que deseja criticar alguém por suas escolhas, olhe para a sua vida, para o seu “próprio umbigo” e seja gentil, mesmo sem compreender tais comportamentos ou ações.
Lembre-se:
A humildade derivada dos erros é um aprendizado valioso, capaz de criar um ambiente de colaboração e apoio, onde as pessoas se sentem seguras para experimentar e inovar sem medo de julgamentos severos.
5. Errar possibilita o autoconhecimento
Os erros são poderosos espelhos que refletem nossas fraquezas e pontos cegos.
Não acredita? Então faça o exercício de vasculhar a sua memória e procure por momentos em que seus erros o fizeram refletir sobre sua vida e decisões.
Você perceberá que em todos os momentos nos quais encarou e venceu suas falhas, ganhou, propositalmente ou não, uma percepção mais clara de si e das situações a seu entorno.
Esse autoconhecimento é essencial para o crescimento pessoal, pois permite identificar áreas que precisam ser trabalhadas e melhoradas
Além disso, ao entender nossos padrões de erro, podemos desenvolver estratégias específicas para evitar repetidos equívocos, promovendo um ciclo contínuo de melhoria.
Motivo pelo qual, o convido agora para responder a uma simples pergunta:
Ainda considera muito ruim ter que errar para acertar? Como se sente diante de seus erros?
Me conta nos comentários!
Sirlei Stocchero – Mentora Internacional