Relação entre sucesso empresarial e ações humanitárias.
Ações humanitárias surgem a todo momento e diante das mais diferentes situações e acontecimentos.
Contudo, eu lhe pergunto:
Por que muitos criticam quando essas ações partem de grandes empresários ou da iniciativa privada?
Pois bem… Para responder essa pergunta, usarei como exemplo os acontecimentos recentes do Rio Grande do Sul.
Afinal, com o avanço das enchentes nas cidades da região e diante da inércia/lentidão demonstrada pelos órgãos de segurança pública, o que vimos foi a população se ajudando massivamente e diversas ações vindas de empresários tanto no envio de bens e artigos de primeira necessidade, quando no envio de transporte aéreo e terrestre para o socorro das vítimas.
No entanto, enquanto muitos elogiavam tais ações, outros as enxergaram como uma estratégia para promoção pessoal ou de marca, criticando famosos e anônimos que forneceram ajuda a todos que precisavam.
Mas agora eu questiono:
Mesmo que tenha sido esse o intuito de alguns, se pessoas foram salvas e se tiveram ajuda, qual é o problema?
A meu ver, a intenção do outro não faz a menor diferença diante dos benefícios trazidos para aqueles que vivem momentos de total desespero. Sendo assim, não vejo motivos para críticas ou julgamentos nesse sentido.
Portanto, com base nos argumentos deixados acima, cito, neste artigo, outras considerações a respeito do sucesso empresarial em termos de ações humanitárias e solidárias. Pois espero, de coração, que você se sensibilize e abra a sua mente para enxergar fatos e acontecimentos por meio de uma nova perspectiva, mais humana, empática e solidária.
Por que as empresas estão mais preocupadas com ações humanitárias?
No mundo empresarial contemporâneo, o sucesso não é mais definido apenas pelo lucro e crescimento financeiro.
Cada vez mais, as empresas estão reconhecendo a importância de se envolver em ações humanitárias como parte integrante de sua estratégia de negócios.
Afinal, assim como você deseja, de alguma forma, ter mais condições para ajudar o próximo, muitas empresas também levam consigo essa missão e, ao alcançarem o sucesso, usam parte do que conquistaram em causas em prol da saúde, do meio ambiente, da educação e das camadas mais pobres da população.
Logo, essa mudança de paradigma reflete não apenas uma consciência crescente sobre as questões sociais e ambientais, mas também, uma compreensão mais profunda da interconexão entre o sucesso empresarial e o impacto humanitário.
Uma das formas mais visíveis dessa interseção é através da responsabilidade social corporativa (RSC).
As empresas que prosperam no mercado moderno frequentemente incorporam práticas sustentáveis e éticas em suas operações, buscando minimizar seu impacto negativo no meio ambiente e na sociedade enquanto maximizam seu valor para aqueles que a acompanham de perto.
Isso pode incluir a adoção de políticas de trabalho justo, a redução de emissões de carbono, a promoção da diversidade e inclusão, entre outras iniciativas.
Ao agirem de forma socialmente responsável, essas empresas não apenas fortalecem sua reputação e relacionamento com os clientes, mas também contribuem para o bem-estar das comunidades onde operam, ganhando a confiança de seu público-alvo e aumentando sua presença no mercado.
O uso de recursos e influência em prol de ações humanitárias
Além dos fatores indicados no tópico anterior, é essencial destacar que o sucesso empresarial, muitas vezes, proporciona às empresas os recursos e a influência necessários para causar um impacto significativo em questões humanitárias.
Por exemplo, muitas empresas que trabalham com produtos de beleza e higiene, hoje, se adequaram às exigências do mercado atual, tornando-se mais conscientes sobre os danos ao meio ambiente. Por isso, utilizam processos e materiais não poluentes, visando a preservação de recursos naturais.
Já outras, voltadas à produção de bens de consumo industriais alimentícios, passaram a usar em suas fórmulas produtos mais saudáveis, visando garantir a saúde da população.
Contudo, precisamos considerar que além da adoção de boas práticas de produção é inegável a iniciativa rápida de muitas dessas empresas diante de problemas relacionados à fome e a desastres naturais.
Mesmo porque, basta darmos uma breve olhada nos noticiários e redes sociais para constatarmos que há um grande aumento do número de empresas e empresários bem-sucedidos que frequentemente dedicam uma parte de seus lucros ou recursos para apoiar causas humanitárias, seja mediante doações diretas para organizações sem fins lucrativos, realizando parcerias estratégicas ou desenvolvendo programas de voluntariado corporativo.
E, muitos desses, não desviam de sua responsabilidade social e da sua condição de seres humanos quando há um risco eminente à vida das pessoas.
O que nos faz concluir que esses investimentos não apenas ajudam a melhorar as condições de vida das pessoas em situações de necessidade ou risco, mas, também, geram um retorno tangível em termos de satisfação do cliente, engajamento dos funcionários e percepção positiva da marca.
A relação entre a realização de ações humanitárias e o crescimento empresarial
O envolvimento em ações humanitárias pode servir como um catalisador para a inovação e o crescimento empresarial.
Em outras palavras, para facilitar seu entendimento, o que desejo expressar é que empresas que se comprometem a resolver problemas humanitários, muitas vezes, se deparam com desafios complexos que exigem criatividade, colaboração e pensamento fora da caixa para serem superados.
Em vista disso, ao abordarem esses desafios de forma proativa, as empresas podem descobrir novas oportunidades de mercado, desenvolver novas tecnologias e criar modelos de negócios inovadores que geram valor tanto para a empresa quanto para a sociedade.
No entanto, é importante reconhecer que o envolvimento em ações humanitárias não é apenas uma estratégia de negócios, mas também uma expressão de valores e compromissos éticos.
Sendo assim, toda vez que sentir o impulso de julgar alguém, que conquistou determinada posição social e financeira, por auxiliar pessoas em um momento difícil, pergunte-se:
No lugar dele, será que eu faria o mesmo?
Às vezes pautamos o que vemos por paradigmas e crenças que nos cercam e deixamos de ver a realidade e a intenção verdadeira daqueles que assumem o ato.
Então pense com cuidado no que diz e evite realizar pré-julgamentos. Pois, da mesma forma que você talvez venha a se tornar um grande empresário com recursos para ajudar outras pessoas, também poderá se encontrar em uma situação onde dependerá do apoio de outros. E, nesse caso, temos que concordar que toda ajuda é bem-vinda, não é mesmo?
Seja solidário. Seja gentil. Respeite o próximo e tente entender seu lado da história, antes de julgar ou de supor sobre coisas as quais desconhece.
Sirlei Stocchero – Mentora Internacional